domingo, 4 de maio de 2008

Ao redor de nós

Acostumados estamos
A nos acostumar ao que não concordamos
A ouvir o que não deveríamos
A ver o que não nos agrada
A compartilhar do que não nos apetece

Parados e perplexos ficamos
Sem ação ou reação
Deixamos tudo por baixo do pano
Nesse exato momento

Infinitamente pior nos tornamos
Por fazer algo que não compactuamos

Somos colocados
Contra nossas próprias escolhas
E passamos a acreditar que outro é o certo
Não é?
O certo é relativo ... e como é.

Passamos por boas provas
Alguns de nós somos aprovados
Outros de nós derrubados
Somos falíveis
Somos infinitamente imperfeitos
Por vezes somos tudo
Menos o principal
NÓS MESMOS.

Acredita-se na palavra
Leva-se o sermão
De quem peca muito mais que ti
Porém é o dono da situação...
O que é isso? O fim?
Na verdade qual é a verdade? rs.

Abrimos a guarda
E somos testados
A ponto de desistir
Mais não desistimos, pois sabemos que somos capazes
DE SEMPRE IR ALÉM.

Somos nosso próprio termômetro
Nosso próprio medidor de dor, de amor.
E o que nos diferencia
É o que nos iguala
Somos os mesmos
Sem mudar nada
A não ser.O QUE REALMENTE SOMOS.



2 comentários:

Pedro Augusto Cabral disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro Augusto Cabral disse...

No redor há muitas idéias, densidades afora, e um mundo formado no entre-pele. E qual o mundo que nos diferencia? O que reduz a um conceito tudo o que vê na experiência? Qual a ciência que usas no ponto de partida ao intento do conhecimento formado? Linguagem-pensamento-idéia-essência do raciocínio, qual o fluxo e o sentido da direção do que nos move? Se é a percepção que deixa o mundo achatado? O limite é a lingüística. Quem sabe não formaremos um bloco sem a egoísta e estreita limitância que nos sobpusemos a algumas palavras para fazer delas nossos próprios conceitos!? A base da lógica é a essência, não o símbolo. Nossas representações andam um poucos distorcidas, e o mundo afora vago de uma verdade-liberdade. A mentira é falso por si mesmo, e o que é a verdade? Negação da negação e o silogismo mórbido calcado na insconstância do limite mental, pensando que o mundo são cores, adores, texturas, ondas sonoras, sensações. Isto é o mundo. Provavelmente o nosso, em alguma lógica encontrada. Mas não o universo único pautado na única unidade de todos nós. O mundo é tu, é a mim. Tu és a mim e eu sou o que te forma. E se não há conceitos, como limitar uma idéia já representando-a numa destas palavras que lê? Sem limites não há percepção. E, enfim, à princípio e no entretanto, somos a mesma imagem.